O Correio da Manhã reporta-nos hoje a alteração ao sistema de avaliação dos Funcionários Públicos.
Na minha opinião, embora ainda sem dados concretos para comparar, o novo sistema enferma de um mal gravíssimo: é propenso a dotar as chefias de uma violenta arma de arremesso contra os seus subalternos sem assegurar um controlo externo que evite situações de evidente injustiça.
Concordo em absoluto com a avaliação objectiva do desempenho mas essa objectividade também estava ao alcance do anterior sistema. Desenganem-se os que pensam que a avaliação era feita unicamente na globalidade pois os itens em observação eram bastantes mais que os que actualmente se apregoam como novidade.
Mas se era assim, então o que é que falhava?
Falhava o mesmo que poderá continuar a falhar: o não cumprimento da objectividade da avaliação e a falta de seriedade e profissionalismo dos avaliadores.
Nesse aspecto nada mudou. Os lambe-botas continuarão na fasquia do Muito Bom, podendo agora inclusivamente subir para "excelente" e dessa forma obter benefícios de progressão e promoção na carreira.
Por outro lado a fixação de objectivos a nível individual deixa ao critério das chefias facilitar ou dificultar a vida a este ou aquele trabalhador. Tudo depende das metas traçadas para cada um, e dessa forma perde-se, logo ao princípio, a igualdade de oportunidades.
O mais caricato é isto "O novo sistema de avaliação abrange apenas 150 mil dos 760 mil trabalhadores do Estado, uma vez que as carreiras e corpos especiais não estão abrangidos pela nova lei. Ou seja, professores, médicos, enfermeiros, investigadores, militares, polícias, bombeiros, funcionários das alfândegas e do registo e notariado, inspectores e informáticos não são sujeitos a avaliação".
Que é como quem diz "há funcionários e... Funcionários!" sendo que estes últimos são todos excelentes e não precisam de ser avaliados.
Enfim...
Até logo, vizinhos.
Vou pra dentro.
sexta-feira, 2 de abril de 2004
ATITUDE!... (obrigatoriamente submissa...)
sexta-feira, abril 02, 2004
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