segunda-feira, 2 de fevereiro de 2004

Longe da vista...

... longe do corração, já dizia a minha avó e tinha razão! Ena, até rimei e tudo! Vizinho, foi o senhorr que ligou para o meu porrtátil a pedir uma empregada doméstica? Pois cá me apresento ao serrviço: sou Zulmirra Sadina, naturral de Setúbal - já perrcebeu não já? - nascida e crriada nas margens do Sado. O meu contrrato de trabalho vai ser redigido pelo meu advogado, depois lho trrago parra assinar, e combinamos um jantarr de negócios. Pena minha é estrrear-me com um assunto trriste, porrque eu ontem ouvi uma coisa que me assustou: passados oito dias foi-se mais um jovem da mesma maneirra que o Féhérr do Benfica: assim, clique, sem mais nem menos! E este tinha só catorrze aninhos e andava numa jogatana de futebol com os amigos, veja lá bem! Mas dele ninguém fala, porrque serrá? Serrá porrque não virram? E lá por isso não merrecem também os pêsames a família e os amigos? Pois dou-lhos eu, a Zulmirra Sadina, daqui de Setúbal envio a Seia (era de lá que era o rapazinho, não erra?) as minhas sincerras condolências! Esperro bem que isto não se torrne epidémico, ó Vizinho, parra isso já nos bastam os velhotes em contrra-mão nas autoestrradas! E agorra, mãos ao trrabalho: começo por onde? Dou banho ao cão, limpo a gaiola ou atirro-me à limpeza da adega? Ao seu dispôr, Vizinho!

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