segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

E-mails da vizinhança...

Estive a fazer um levantamento de todas as merdas que me enviaram pela Internet e observei como elas mudaram a minha vida:



Primeiro deixei de ir a bares e bailes com medo de me envolver com alguma mulher ligada a alguma quadrilha de ladrões de órgãos e que me roubem as córneas, me arranquem os dois rins ou até mesmo esperma deixando-me estiraçado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem:

"Chame o 112 ou morrerá".



Assim deixei também de ir ao cinema com medo de me poder sentar numa cadeira onde está uma seringa infectada com o vírus da SIDA.



Depois parei de atender ao telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e a minha linha ser "clonada" e eu ter de pagar uma conta telefónica astronómica.



Acabei por dar o meu telemóvel porque me iriam oferecer um modelo mais novo da Ericson, que nunca chegou.



Então tive de comprar outro mas abandonei-o num canto com medo que as microondas me provocassem cancro no cérebro.



Deixei de comer vários alimentos com medo de mil e uma doenças.



Parei de comer galinha e hambúrgueres porque eles não são mais do que carne de monstros horríveis sem olhos, cabeludos e cultivados em laboratórios.



Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados propositadamente que me contagiem com alguma doença venérea ou mesmo sida.



Aproveitei e abandonei o hábito de beber qualquer coisa em lata para não morrer vítima da urina de rato.



Deixei de ir aos shoppings com medo que raptem a minha mulher e a obriguem gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta bagagens do automóvel dela.



Eu também doei todas minhas poupanças à conta do Brian, um menino doente que estava a ponto de morrer umas 700 vezes no hospital.



Eu participei arduamente numa campanha contra a tortura de alguns ursos asiáticos aos quais iriam extrair a bílis, e contra o destruição da floresta amazónica.



Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existentes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu computador ou que os teletubbies se apoderassem do meu screensaver.



Fiquei também sem carro e sem carta porque deixei de parar nos sinais vermelhos, com medo que um amigável emigrante de leste, tocador de concertina, me assaltasse!!



Deixei de fazer, beber e comer tantas coisas que quase morri denutrido.



Cansei-me de esperar junto à minha caixa de correio os US$ 150.000 que a Microsoft e a AOL me mandariam na participação de rastreio de e-mails enviados.



Nem tão pouco chegou o telefone Ericson muito menos o bilhete para a Disneylândia.



Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por cada pessoa que anota seu nome na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não a pude entregar porque tive medo de numedecer com a língua a cola na borda do envelope e contaminar-me com as baratas incubadas nela, como me tinham avisado por e-mail.



Também não ganhei um milhão de dólares, um Porshe e nem fiz sexo com a Nicole Kidmann, que foram as três coisas que pedi como desejo quando recebi e caminhei o Tantra Mágico enviado pelo Dalai Lama lá da Índia.



E como se não bastasse acabei por acreditar que tudo de mau e de injusto que me aconteceu foi porque quebrei todas as correntes ridículas que me enviaram acabei sendo amaldiçoado.



Resultado: estou em tratamento psiquiátrico.



NOTA IMPORTANTE: Se não enviar esta mensagem a pelo menos 10 pessoas, nada lhe acontecerá.

No entanto as merdas, mentiras e idiotíces continuarão a infernizar a sua vida por falta de informação e esclarecimento. Não se deixe influenciar por elas. Apague-as.

Se até as baleias podem ser salvas por que não a Internet.....Salvemo-nos...







(Texto recebido por... e-mail, claro!)

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