Ora vivam.
Não posso deixar de postar acerca do excelente filme de Polansky que vi ontem: O pianista.
É um daqueles filmes que nos marcam, que nunca mais esquecemos.
Lembro-me também de outros filmes na mesma temática, o holocausto Nazi, que tiveram igual impacto em mim.
O esmagador "A vida é bela" de Benigni e o emocionante "A lista de Schindler" de Spielberg fazem parte desse restrito grupo de filmes marcantes e avassaladores que dão encanto ao cinema.
O que me resulta estranho é que pouco depois de terminar o filme voltaram-me à memória as imagens de bulldozzers israelitas a destruir casas de civís em território palestiniano. Recordei claramente as palavras do jornalista que descrevia a forma como uma criança de 10 anos e uma mulher grávida tinham ficado gravemente feridas na investida cega do ódio. E juro que sem qualquer dificuldade consigo imaginar braçadeiras vermelhas com suásticas nos braços das fardas israelitas.
A questão que se me depara é a seguinte: como é que um homem como Ariel Sharon conseguiu desbaratar em tão pouco tempo o espólio de seis décadas de solidariedade e empatia para com o povo de Israel ?
Como é possível que os descendentes dos mártires do holocausto se comportem agora como os seus carrascos nazis ? Será que a história não lhes ensinou nada ? Achar-se-âo no direito de vingar nos palestinianos o que sofreram por culpa de Hitler ? Seria Adolf Hitler palestiniano?...
Hoje estou triste.
Até amanhã, vizinhos.
Vou para dentro despejar uma garrafita de água-pé.
sábado, 24 de janeiro de 2004
Ao piano com Roman Polanski
sábado, janeiro 24, 2004
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