Ora vivam!
Devo confessar que gostei muito da sensação de acordar pela primeira vez aqui na aldeia.
Como a vizinha comadre disse no outro dia, só quem acordou alguma vez com a buzina matinal de um automobilista impaciente sabe dar o devido valor ao chilrear dos passarinhos no beirado do telhado.
O rádio-despertador, cuja função de despertar deixou de fazer sentido, só o liguei passada uma boa meia hora de deliciosa sinfonia chilreada.
Notícias. Más notícias. Na A23, perto de Torres Novas, um choque em cadeia entre (pasme-se) mais de oitenta veículos, causara umas dezenas de feridos.
Raio de idéia esta de ligar o rádio. Estava tudo a correr tão bem. Mudei de emissora.
Mais notícias. A vizinha Manela, dama de ferro das nossas finanças, vai continuar a apostar no aperto do cinto do país, principalmente dos vizinhos funcionários públicos. Os quatrocentos e setenta mil vizinhos que ganham acima de mil euros... não levam nem um tostão (perdão, um cêntimo).
Tá certo. É a crise...
Notícia seguinte. Os nossos queridos vizinhos eurodeputados vão ser aumentados. Só 125%... Coisa pouca.
Vem-me à cabeça a notícia de que os gestores dos hospitais vão ver duplicar o valor das suas viaturas. Os carritos de quatro mil contos passam a carrões de nove mil, e ao fim de três anos os vizinhos gestores podem ficar com a máquina por... 20% do seu custo. Um carro de 9000 contos, passados 3 anos, por 1800. Algum dos vizinhos sabe onde é que me posso inscrever para gestor de hospitais?
Curiosa esta crise que não chega a toda a vizinhança.
Bem, tenho que ir arrumar mais umas coisas.
Vou para dentro. Fiquem bem.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2004
Apertar mais uns furos... para alguns!
sexta-feira, janeiro 16, 2004
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