Pois é, caros vizinhos, hoje decidi dedicar este post à questão social pública, perdão, púbica!
Ora então cá vai síntese da minha tese.
Até entre os pintelhos há classes!
Um pintelho do topo, que está bem na vida, é o "pintelho de borda da cueca". É aprumadinho, asseado e apreciado pelos visitantes. Mas atenção, não pode estar demasiado acima senão corre o risco de passar a ser um "pintelho de elástico da cueca" e esses são uns desgraçados, uns oprimidos que passam a vida em apertos e não raras vezes são arrancados pela raiz ou cruelmente partidos pelo meio.
Outra categoria muito bem cotada socialmente na púbis é a dos "pintelhos de enchimento". São estes que, vivendo em condomínios bastante povoados, provocam aquela elevação na cueca a que damos vulgarmente o nome de "papo".
Mais abaixo na escala hierárquica temos o famoso "pintelho de lábio". Este é um caso típico de amor-ódio. Por um lado é muito apreciada a sua acção acariciadora mas por outro é ele o causador das inúmeras cuspidelas que interrompem o serviço efectuado profissionalmente pela dona língua.
Ainda mais abaixo, socialmente desprotegidos, odiados e sofrendo discriminação das outras classes, são os "pintelhos nómadas". Este clã é no fundo uma espécie de raça cigana dos pintelhos. Passam a vida a aparecer nas imediações das pintelheiras mas nunca se misturam pelo que não raras vezes o seu fim é a morte por arrancamento com pinça ou o terrível abrasamento na cera de uma qualquer esteticista.
Por último temos a classe dos sem abrigo, dos vagabundos, feios porcos e maus, os "pintelhos rectais". Estes, habitam a pior zona do corpo humano, uma verdadeira favela da podridão, um aterro sanitário... o pior dos lugares. Além do mau cheiro dos gazes e das descargas habituais de matérias sólidas (ou líquidas!) ainda são constantemente agredidos na limpeza com papéis higiénicos demasiado rijos. Pode dizer-se que é uma verdadeira vida de merda a destes rejeitados sociais.
Resumindo, prova-se nesta tese que a sociedade pintelheira apresenta bastantes semelhanças com sociedade humana e, quiçá mesmo, atravessa o mesmo género de dificuldades civilizacionais. Por isso é bom que comecemos a olhar os pintelhos mais de perto e com mais atenção. Eles merecem.
E pronto. Está feita a síntese pintelhal.
Agora volto pra dentro.
quinta-feira, 3 de junho de 2004
Tese de mestrado em pintelhologia aplicada
quinta-feira, junho 03, 2004
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