segunda-feira, 7 de junho de 2004

Quanto custa o rail?

Ora vivam.

Não sei se já tiveram o desprazer de ter algum acidente numa das nossas "excelentes" vias rápidas ou autoestradas, mas se foi o caso espero que não tenham tido a visita dos senhores funcionários da Brisa ou das Autoestradas do Atlantico.

É que estes senhores aparecem do nada, com os seus pirilampos laranja e, quando pensamos que se prestam para nos ajudar, sacam o livro de inquéritos e toca de fazer perguntas.

Coisas agradáveis de responder, como por exemplo, a que velocidade circulava, quais as condições atmosféricas, de onde vem, para onde vai, etc...

E tudo isto enquanto nós ainda nem sequer nos refizemos do choque.

Aconteceu-me, há cerca de dois anos, e foi inesquecível. Até porque acabei por me aperceber que a preocupação do homem não era acerca de eventuais feridos ou da necessidade de chamar um reboque, ou a óbvia obrigação de assinalar o local do acidente para evitar choques em cadeia, mas sim a verificação meticulosa dos rails da autoestrada...

E, claro, todas as perguntas e os dados relativos aos motoristas envolvidos no acidente eram tão somente uma precaução para se assegurar de que alguém pagaria os danos sofridos pelas protecções metálicas. Pois!... Que isso de feridos não aquece nem arrefece. O que interessa é pagarem os estragos!!!.

Aquaplanning??? Não interessa! As autoestradas estão muito bem construidas e não permitem acumulação de lençóis de água... Prove o contrário em tribunal, se quiser!

A sua viatura ficou sem conserto??!! Azar!... Vai ter que pagar estes dois rails que ficaram ligeiramente fora de esquadria!

E se ousarem lembrar o eficaz funcionário de que pagaram uma choruda portagem para circular naquela via ele logo vos lembrará de que o valor da portagem é só para circular e não para danificar!...

Mainada!

"Ai Portugal, Portugal... do que é que tu estás à espera?!"



Até logo, vizinhos.

Vou pra dentro.

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