Eu não os conhecia... eles não me conheciam. Enfim, mais uma viagem através do sinuoso, e perigoso, território da cerimónia.
Ao contrário do habitual, até me portei bem. Não disse palavrões (nem mesmo no momento em que provei a merda da cerveja mole) não toquei em assuntos controversos e evitei dar opiniões irónicas sobre os assuntos mais quentes da actualidade. Enfim, o exemplo vivo de um bom menino.
Já perto do final da noite, deu-me uma lancinante vontade de ir à casa de banho fazer uma daquelas coisas que... bem, vocês sabem. Dirigi-me ao referido local, sentei-me no pequeno trono e passei alguns minutos, com um leve sorriso nos lábios, a pensar em como me tinha portado excelentemente. Aproveitando a solidão, sussurrei "Então contem lá história da merda da cerveja. Mole como está, deve ter sido herdada da puta da vossa avózinha, foda-se!"
1 - Porta entreaberta, calcinha pelo tornozelo e gritar "Alguém me arranja um rolo de papel higiénico, por favor?!"
2 - Porta entreaberta, calcinha pelo tornozelo e gritar "Querem saber uma coisa? Um jornalinho é que vinha a calhar! Sanita sem leitura não sabe ao mesmo, caramba!"
3 - Porta entreaberta, calcinha pelo tornozelo e gritar "Fogo! Fogo! Extraterrestres! Talibans!! Térmitas!!" Depois, rezar para que fossem suficientemente estúpidos e que fugissem em pânico. Dessa forma, teria caminho livre para ir até à sala buscar um guardanapo de papel.
4 - Ir com passinhos curtos e cuidadosos até à sala e, como quem não quer a coisa, sacar uns guardanapinhos de papel. Sorrir, revelar aos anfitriões o meu fetiche por casas de banho e origamis e regressar ao wc.
5 - Saltitar até à cozinha, rezar para que não aparecesse ninguém e tentar descobrir alguns centímetros de papel. No caso de ser apanhado em flagrante delito, teria de gritar "Violador! Violador!" e esperar que a polícia acreditasse em mim. Era a minha palavra contra a do dono da casa. 50% de hipóteses.
6 - Ir até à banheira e dar uso à água e ao sabão...
Deixo à vossa imaginação qual a opção escolhida! É muito triste e bastante embaraçoso.
É a história da minha vida... bolas!
Até logo, vizinhos.
Vou pra dentro.
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Vivam, vizinhos! Digam qualquer coisinha, vá...