Ora viva! O Vizinho dando mais uma prova da sua hospitalidade e (acima de tudo) grande coragem, abriu-me as portas de sua casa e convidou-me a entrar.
Como agradecimento, pensei apresentar ao mundo e em primeira mão, aqui em sua casa, um novo conceito em que já ando a matutar há algum tempo e que concebi especialmente para a internet:
A SIT DOWN COMEDY. Ora bem, a
SIT DOWN COMEDY, é uma ideia pioneira e como o próprio nome indica pode definir-se assim: temos um tipo com um óptimo e estonteante sentido de humor (ou neste caso eu) sentado a um computador, a escrever umas piadas para pessoas (ou neste caso vocês), também elas sentadas, a olhar para um ecran de computador.
Portanto, se está de pé, deitado ou a fazer o pino, enquanto lê este post, é chegada a hora de mudar de posição. Sente-se e ria:
CASAMENTOSVou falar-vos de casamentos. O casamento é a melhor coisa do mundo. Especialmente se estivermos a falar do casamento dos outros. Mas a questão é: Porque é que as pessoas se casam? Eu tenho a resposta! As pessoas casam-se, quando se fartam de serem felizes. Isto é a verdade dolorosa. A felicidade também cansa.
Reparem, os homens casam-se quando se fartam de sair com os amigos para os copos à sexta-feira à noite. Casam-se também quando se fartam de ter sexo frenético, inconsequente e sem compromisso. Ou alguém tem dúvidas que poder dormir com todas as mulheres que nos apetecer é muito cansativo?
Já as mulheres casam porque precisam de partilhar a sua vida com alguém que salpique constantemente com urina a tampa da sanita, que deixe a banheira cheia de pelos, que não lhes permita ver a novela por causa do futebol e acima de tudo, casam porque é sempre bom estar ligada a alguém cujo principal passatempo é arrotar em frente das amigas. (pausa para rirem à vontade)
Mas mesmo assim eu gosto muito de casamentos. Gosto tanto de casamentos, que quando era mais novo, todos os fins-de-semana ia a um. Qualquer um pode ir a um casamento ou mais por fim-de-semana. A única coisa realmente necessária para ir a um casamento é.. vestir um fato e uma gravata. Mais nada! Esqueçam os convites, esqueçam o facto de não conhecerem os noivos, porque se tiverem um fato, estão oficialmente preparados para ir a qualquer boda! E a hipótese de serem apanhados é mínima.
Querem que eu vos explique como é fácil entrar de penetra num casamento? Então aquilo funciona assim: os convidados do noivo olham para nós, não nos conhecem, pensam que vimos da parte da noiva. Os convidados da noiva também não nos conhecem de lado nenhum, por isso pensam que vimos da parte do noivo. Até os noivos se deixam enganar! Primeiro porque no dia de casamento andam mais preocupados com o dinheirinho das visitas e com a música que vão ter que cantar (assassinar) no Karaoke, e depois mesmo que tenhamos um encontro imediato com eles, partem logo do principio que somos acompanhantes duma prima afastada que veio do Canadá ou da França. (dêem uma bela gargalhada)
O que ninguém jamais pensará é que estamos ali só para comer e beber. Aliás, eu gosto de pensar que ia lá para ajudar. No fundo… é um favor que nós estamos a fazer. Já repararam na quantidade de comida que sobra nos casamentos? É um desperdício! Quase um sacrilégio, estragarem tanto camarão, tanta sapateira, tantas carnes. E o que fica das sobremesas? Um penetra que se preze até tupper-wears leva! (pausa para rirem às bandeiras despregadas)
A única norma de segurança que eu recomendo a quem se quiser especializar em casamentos, é manterem-se afastados do bolo-de-noiva: há que evitar os aglomerados de pessoas enfurecidas. Não sei porquê, mas nos casamentos toda a gente se atropela por um bocado de bolo-de-noiva. E além disso, há o risco de nos casamentos mais pequenos, as fatias poderem estar contadas.
O sítio mais seguro nos casamentos é sem dúvida, junto ao bar. Aliás, bebe-se tanto nos casamentos que eu nem sei porque é que chamam copo-de-água àquilo. (riam, riam muito) O bar é um sítio maravilhoso, porque normalmente quem o frequenta tem como preocupação maior manter o equilíbrio. E o copo cheio. E o mais certo é estar também a tentar passar despercebido. Ou seja, cria-se logo uma empatia! (imaginem-me agora a imitar um bêbado), «ó amigo, se a minha mulher perguntar por mim, você não me viu aqui! Ou melhor, você não me conhece de lado nenhum!», e eu claro (já com a minha voz normal), «pode estar descansado, se alguém perguntar, eu não o conheço de lado nenhum! Olhe, mais um brinde ao pai da noiva!» (novamente eu a fazer de bêbado), «Boa, um brinde ao pai da noiva! (faço uma pausa) Espera aí! O pai da noiva sou eu! (uma última pausa) É pá, você é bom nisto! Quase que até me enganava a mim!» (Bom, Se calhar é melhor tirarem o resto do dia para rir)
Até sempre, vizinhos.
Agora vou para dentro ver se me pagam um copo.
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